Gerações de hoje  “não se sujeitam a tarefas  subalternas e desejam salários ambiciosos  desde cedo” com a base única do currículo Ler mais

Gerações de hoje “não se sujeitam a tarefas subalternas e desejam salários ambiciosos desde cedo” com a base única do currículo

Armando Moreira é um homem do mundo das artes nos Açores. Poeta, escritor, actualmente, está a ultimar a realização de um filme sobre Madre Teresa da Anunciada para levar a mensagem da sua relação com o Senhor Santo Cristo dos Milagres pelo mundo fora em presença e nas plataformas digitais. Mas Armando Moreira é mais do que isso: É um pintor com um traço e cores muito próprias. A este nível, consegue surpreender até quem segue, a par e passo, a sua evolução na pintura. Como sempre faz com o Correio dos Açores, acedeu imediatamente a falar sobre as ‘Gerações’ entre o seu tempo de jovem e as vivências de hoje de seus filhos e netos. Em sua opinião, “as datas de nascimento tão aproximadas e essas separações geracionais são apenas tendências que identificam alguns grupos, mas que não podem ser generalizadas”. Mesmo assim, sublinha que as gerações actuais “não se sujeitam às tarefas subalternas de início de carreira e desejam salários ambiciosos desde cedo, em geral com a suposição de que conhecimento e currículo técnico tornam desnecessários outros atributos profissionais”.

 

“Vivemos hoje numa sociedade em que o perigo espreita em cada esquina e em cada rua” Ler mais

“Vivemos hoje numa sociedade em que o perigo espreita em cada esquina e em cada rua”

O economista Gualter Furtado acedeu responder ao ‘Gerações’ e, como afirma, é do tempo dos Beatles, das calças ‘à boca de sino’, das roupas remendadas, enquanto que hoje é moda os jovens vestirem calças rasgadas. É do tempo da máquina de calcular manual e hoje é tudo eléctrico. Da geração em que o “garrote da incorporação militar (…) empurrava as famílias para a emigração”. Do tempo em que as famílias e a sociedade eram mais solidárias. “E nas gerações mais antigas não havia o flagelo das drogas, como existe hoje (…), sublinha.

 

“Confesso que me rebelo contra o uso  excessivo da internet pelas crianças  e adolescentes, cada um para o seu lado” Ler mais

“Confesso que me rebelo contra o uso excessivo da internet pelas crianças e adolescentes, cada um para o seu lado”

“Nunca poderia imaginar que um dia mais tarde existiriam crianças que prefeririam ao mato o sofá das suas casas e o ipad ou o telemóvel para, enganadamente, percorrerem matos virtuais.  Penso que seria nossa obrigação fazê-las (obriga-las), às crianças, a parar para pensar. São drogados dos pequenos ecrãs e não há escolas de recuperação em casa. Acredito, a pés juntos, que já não fará qualquer diferença a essas crianças ouvir o chilrear de um pássaro nos trilhos das ilhas ou o berrar de uma vaca na montanha rodeada de conteiras e de hortênsias quando o seu pensamento está configurado apenas ao software e ao hardware de um computador”.

 

Theme picker