Zélia Silva é Presidente da Junta de Freguesia das Feteiras há cerca de um ano e meio. Foi confrontada pela jornalista com o problema das piscinas. Explicou que “nunca se interveio nas piscinas porque “são obras de grande dimensão que têm que passar por várias entidades. A Junta de Freguesia não tem capacidade para intervir ali. São obras de valores elevadíssimos que tem de envolver o Governo Regional, a Câmara Municipal e ainda outras entidades talvez, visto que diz respeito à orla costeira”, afirma.
Além disso, “antes de mais, tem que se garantir o acesso, porque aquele acesso oferece perigo. Há alturas em que caem pedras da encosta e ocorrem derrocadas. Teria que passar primeiro pela segurança do acesso e, depois, por uma grande intervenção a nível das piscinas. Trata-se de uma obra avultada que a Junta de Freguesia não tem capacidade para avançar por sua conta”, reafirma.
Anunciou que, na última reunião que teve com o Presidente da Câmara de Ponta Delgada, “ a piscina já está sinalizada para que se possa intervir e fazer algo. Mas, são coisas que vão demorar algum tempo, pois são obras de elevado valor e também tem que ser feito um levantamento em termos de segurança e estão muitas coisas ali envolvidas”.
Revela que a Junta de Freguesia costuma limpar a zona. Diz que há três anos, o antigo presidente da Junta de Freguesia das Feteiras arranjou as casas de banho, “mas as pessoas vandalizam aquele espaço constantemente”.
Os projectos da Grota
A Presidente da Junta confessa que, “em parte”, as obras na grota das Feteiras “demorou muito porque estávamos à espera de um relatório que a Secretaria do Ambiente e Alterações Climáticas ia enviar à Câmara. A Câmara está agora a proceder a um projecto para toda aquela zona mais afectada, mais concretamente junto ao chafariz da freguesia, na zona envolvente à escola primária e sede dos escuteiros, para requalificar aquela zona”.
“Segundo a informação que tenho”, afirma Zélia Silva, “se calhar vão ter de abrir uma parte da rua por causa da zona em que a ribeira passa por baixo do chão. A ribeira vem em aberto, mas há uma zona junto à escola que passa por baixo do chão e que talvez tenha que ter outra dimensão. Estão a elaborar esse projecto para avançarem com as obras”, revelou
Como chegar ao pavilhão
Depois de afirmar que o abandono do campo de futebol é uma responsabilidade da Casa do Povo, a autarca é posta perante a reivindicação popular de um pavilhão polidesportivo e responde que “estamos a trabalhar neste sentido e já estava prometido há muito tempo avançar com esse pavilhão. Mas era a Casa do Povo que estava a gerir isso porque o terreno que é do Governo Regional nas Feteiras, onde vão fazer um loteamento que já incluía um espaço para fazer um pavilhão desportivo. Já havia esse projecto por parte do Governo”, garante.
Anunciou que a última vez que reuniu “com o Secretário da Habitação que é o responsável por esse loteamento, a última indicação que tive era que tinham separado o terreno para as casas daquele que é para esse pavilhão, mas isto tudo estava a ser articulado com a Casa do Povo das Feteiras. Supostamente, a Casa do Povo ia vender o terreno do campo de futebol e o dinheiro ia ser investido no Pavilhão.”
E, para concluir, há uma expressão de populares de que a jornalista faz eco à Presidente da Junta de que “a freguesia parou no tempo”, e a resposta é a de que “nós tentamos avançar, mas as coisas não são fáceis. Tudo passa por projectos, autorizações, secretarias e nós estamos sempre a pedir, a tentar fazer, mas são obras grandes que não se consegue de um dia para o outro”.
“Já há anos que se fala no polidesportivo tal e qual como o loteamento de casas. Aquele terreno já é do governo há 20 anos e nunca foi feito lá nada. Não é pela falta dos presidentes de junta batalharem, pedirem e tentarem fazer algo, mas não se consegue de um dia para o outro”, concluiu Zélia Silva que não baixa os braços apesar de todas as dificuldades. C.P.