Meus Queridos! O Governo do Primeiro-ministro António Costa deve estar muito feliz porque saiu-lhe a sorte grande com a contestação aos milhões que vão custar os arranjos de enormes parcelas de terreno para receber as Jornadas Mundiais da Juventude, assim como o altar onde irá o Papa celebrar a missa e os anexos para acolher os outros celebrantes… Já se sabia que os custos iam ser grandes pela experiência que Lisboa tem quanto aos parques que todos os anos acolhem grandes consertos, e todos sem comparação com o que vai ser a recepção de um milhão e meio de pessoas… Com a contestação aos gastos, para a recepção das Jornadas Mundiais da Juventude deixou de se falar nas buscas da judiciária aos municípios e começou o Governo a respirar… O bobo da festa passou a ser os encontros e desencontros entre o Patriarcado, a Câmara de Lisboa, o Presidente da República e a Fundação que lidera toda a logística…. Ou seja, afinal não houve conversas entre as partes e cada um fez a coisa andar por sua conta e risco! É assim que o país é governado e não há dúvida que é muito dinheiro que está em jogo! E quem ficou a ganhar foi o Governo que deixou… não sei até quando… de ser o “Bobo da Festa” dos telejornais diários…
Ricos! A minha prima Maria da Praia telefonou-me para saber se era verdade que os dois deputados que foram eleitos pelo Chega, José Pacheco e Carlos Furtado, estavam desavindos ao ponto de José Pacheco ter feito uma queixa ao Ministério Publico contra Carlos Furtado que, segundo o queixoso, havia levantado calúnias alegando falsificações de votos e assinaturas numa das eleições para os órgãos dirigentes do partido na Região… Respondi que só tinha sabido que a Comissão própria da Assembleia Legislativa havia aprovado o levantamento da imunidade parlamentar ao deputado independente Carlos Furtado, para que possa prestar declarações no Tribunal. Falta saber a posição dos parlamentares em Plenário da Assembleia, e lembrei à minha prima Maria da Praia que o Chega é especialista em meter a Justiça em coisas da política…. Mas isso é lá com eles e por isso espero para ver o fim desse desaguisado….
Meus Queridos! Já há anos que não ouvia falar da Cruz Vermelha nos Açores, desde a altura em que a minha querida Secretária de Estado da Defesa no Governo de Passos Coelho, Berta Cabral teve uma pega com os responsáveis à época…. que segundo me diz a minha comadre Ernestina até parece que chegou à barra dos tribunais. A verdade é que a Cruz Vermelha em São Miguel “esfumou-se e agora parece ter ressuscitado com uma equipa de voluntários, Rosa Lafayette, José Luís Saraiva e Carolina Costa, que compõem uma nova Comissão Administrativa… Oxalá que tenham sucesso e consigam recuperar os pergaminhos de outros tempos no auxilio aos que mais precisam… Para tanto é indispensável que, quem puder… responda às necessidades da instituição, com alimentos enlatados, camas articuladas, cadeiras de rodas, e outros materiais médicos… É preciso que as casas dos Açores e outros instituições açoreanas espalhadas pela América possam também colaborar nessa missão da Cruz Vermelha de São Miguel. A necessidade é ainda maior na presente crise….
Meus queridos! A minha prima da Rua do Poço, todos os dias, quando sai de casa para fazer as suas compras, vai vendo os trabalhos da demolição do que resta das defuntas galerias da Calheta, para arvorar o hotel e os espaços circundantes que ali vão nascer. Como diz um prestante cidadão lá da zona, “aquele barulho é música para os ouvidos” depois de tantos anos e de ter acabado por sair uma solução que não agrada a gregos nem a troianos, mas sempre é melhor que a chaga que ali está há anos sem fim… O que a minha prima não entende é a emenda viária que estão a fazer no canto da Rua do Calhau, com a Rua Eng. José Cordeiro e Rua do Negrão, quando se esperava que aquela zona fosse requalificada quando se fizer o prometido jardim de usufruto público, alargando e combinando com o miradouro que já lá está à espera que o dignifiquem. Pelo que se vê, tanto pilim gasto naquele canto para uma mudança que vai deixar tudo na mesma…Tenham dó!
Ricos! E como tempo voa depressa, estamos com Janeiro fora e como o Inverno não dá tréguas com este céu sempre sem sol, até parece que não se ganhou a hora de que fala o adágio “Janeiro fora uma hora dentro”… E aí estão já o Dia de Amigos que este ano já juntou alguns grupinhos, depois dos jejuns covidianos e na próxima Quinta-feira, em pleno Dia das Estrelas, lá estarão as Amigas que, se calhar ainda vão ter mais força que os Amigos…. Para quem diz que a crise não anda por aí, basta ver a diferença dos que em anos passados honravam estes dias com animados convívios, mas agora têm de pensar que o pilim está cada vez mais curto e nem todos têm a sorte de poder gritar por aumentos, apoios e por subsídios que parece ter sido moda que veio para ficar. Por mim, e com umas amigas de peito, um chazinho da Gorreana ou do Porto Formoso e uns biscoitinhos daqui da Ribeira Grande ou da Lomba da Maia, é o suficiente… e vivam os amigos e amigas!
Meus queridos! Quero mandar daqui um ternurento beijinho ao meu querido e charmoso Dr. António Pedro Costa, pelo sucesso que foi a apresentação do livro “D. Paulo José Tavares - O Bispo Diplomata”, na passada Quarta-feira, na Igreja do Bom Jesus de Rabo de Peixe que se encheu completamente para a homenagem ao Prelado de Macau, ao iniciar-se o cinquentenário da sua morte. E, claro, o meu ternurento beijinho estende-se à Paróquia na pessoa do padre Nuno Sousa, e à e à Junta de Freguesia presidida por Jaime Vieira, que se empenharam para que aquele fosse um momento marcante, com a presença do meu querido D. Armando que abriu com chave de ouro a sua presença num evento cultural açoriano. Não fui convidada para lá estar com o meu vestido azul-bandeira, mas ouvi na transmissão feita, a brilhante peça de oratória que foi a apresentação feita pelo meu querido e simpatiquérrimo Director do jornal que tão generosamente me acolhe no seu seio e que calou fundo em quantos ouviram a dissertação de Américo Natalino Viveiros, no final vivamente referenciada e elogiada por D. Armando. É preciso manter viva a memória de quantos nos antecederam e marcaram a sociedade pelo exemplo, pelo saber e pela entrega com que se entregaram ao trabalho para beneficio dos seus concidadãos. Para todos os intervenientes, um ternurento beijinho!
Ricos! Na voragem do tempo, e com tantos faits-divers para dispersar as atenções, poucos ligaram ao que deu a entender o Secretário da Saúde, sobre a sustentabilidade do sistema aqui nos Açores, nos próximos tempos. Já quase 30% do Orçamento Regional vai para a Saúde e mesmo assim todos sabemos como estão as coisas e como está cada vez mais difícil um tratamento eficaz e rápido. E ainda por cima, mais de 24 mil açorianos não têm médico de família, uma aposta sempre perdida por quem promete o contrário e depois é o que se vê… Ou seja, dez por cento da população acaba excluída de algo muito importante e ainda por cima, mesmo os que têm médico de família estão com muta dificuldade em marcar uma consulta. A verdade é esta e há muita gente que vai mirrando em casa porque recorrer aos centros de saúde e ao hospital não está fácil… Mesmo um telefonema é coisa que já quase se torna uma odisseia… Por isso, tem razão o Secretário Clélio Menezes ao dar a entender que a coisa está preta…
Meus queridos! A minha prima Maria da Praia telefonou-me por causa da bernarda que vai por aí com os milhões para o altar das Jornadas Mundiais da Juventude. Disse-lhe que tudo serve para cumprir a agenda demolidora de tudo quanto cheira a igreja ou catolicismo. Com a minha idade, lembro-me bem daquilo que se falou e escreveu quando foi a vinda do Papa João Paulo II aos Açores… Tudo o que se fazia era um desperdício e ofensa aos pobres a quem aquele pilim tanta falta fazia… Isto já vem dos tempos bíblicos, quando a mulher derramou perfume caro aos pés de Jesus, todos murmuraram que aquilo era um gasto inútil e deveria era ser dado aos pobres… E todos sabem a resposta que Jesus deu! … Outra coisa é a forma como se está a dirigir os preparativos para arranjar o espaço para as jornadas. Há quase três anos que se sabe que iam ser em Lisboa, e só agora estão a fazer ajustes directos, quando houve tempo suficiente para planear e adjudicar por concurso. Até parece que é de propósito para encher os bolsos aos do costume… Passa fora!
Meus queridos! Li no jornal que tão generosamente me acolhe o seu seio o artigo da professora Paula Cabral, com o título “Burrocracias”, em que a autora põe o dedo na ferida, com muito humor, ao que pena qualquer pessoa que precise tratar de um assunto ou que se confronte com o sistema cada vez mais complicado e “apapelado” em que vivemos. E lembrei-me de um editorial de há poucas semanas assinado pelo meu querido Director, Américo Viveiros, que dizia com todas as letras que o simplex prometido há anos como salvador da pátria e poupador de papéis, se tinha tornado num grande “complex”, porque agora, de facto, para além de tudo no digital continua a ser necessária uma montanha de papéis para o mais simples acto administrativo… E daí, de burocracia a “burocracia” poucos passos vão… Valha-nos o humor, para quem ainda o consegue manter!