Várias escolas dos Açores não abrirem as portas e diversos serviços de saúde não estiveram ontem a 100% e alguns serviços hospitalares estiveram mesmo encerrados devido à greve nacional da administração pública.
Em consequência, milhares de alunos foram ontem surpreendidos por, ao chegarem aos seus estabelecimentos de ensino, verem as portas encerradas ou constataram a falta de professores e de pessoal auxiliar para terem aulas com normalidade. E muitos utentes que tinham consultas marcadas há meses, quando chegaram ao serviço de saúde, ficaram perante o anúncio de que a sua consulta tinha sido adiada para data a marcar.
A greve afectou ainda vários serviços da Administração Pública regional, com os “serviços mínimos a serem assegurados” no contacto com o público.
A greve foi convocada para ontem, a uma semana da votação final global da proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), que prevê aumentos salariais de um mínimo de cerca de 52 euros ou de 2% para a administração pública no próximo ano.
A Frente Comum de Sindicatos exige aumentos salariais de “10% ou um mínimo de 100 euros” para a Administração Pública no próximo ano e acredita que “ainda há tempo para negociar com o Governo, apesar da votação do OE2023 acontecer já na próxima semana”.