A Associação de Lesados do Banif (ALBOA) anunciou ontem que vai preparada para defender na próxima Sexta-feira, em reunião no Ministério das Finanças, em Lisboa (com início marcado para às 16h00 nos Açores), um acordo com o Governo o mais breve possível, de preferência até Dezembro próximo, altura em que se perfazem sete anos sobre a data de resolução do Banif.
Na nota, referiram que no decorrer deste sete anos nada de determinante aconteceu, apesar das várias recomendações das assembleias da República e das das regiões autónomas da Madeira e dos Açores, das promessas públicas do Primeiro-ministro, António Costa, e das conclusões da Comissão de Peritos Independentes da Ordem dos Advogados no sentido de que os Lesados do Banif foram efectivamente enganados.
Praticamente sete anos depois, na próxima Sexta-feira, como é vincado na nota, acontece no Ministério das Finanças a primeira reunião formal e efectiva do Grupo de Trabalho para a Resolução dos Lesados do Banif (houve uma primeira reunião nos últimos dias do anterior Governo mas só para apresentação protocolar dos diversos representantes). Constituem o Grupo de Trabalho, além dos representantes do Governo/Ministério das Finanças e da ALBOA, elementos do Banco de Portugal e da CMVM, Comissão dos Mercados de Valores Mobiliários.
Sete anos depois e após sete anos de esperas e desesperas, a expectativa da ALBOA em relação à reunião do Ministério das Finanças é grande. Ou seja, quer que se trate de uma reunião deliberativa e conclusiva e não mais um ato dilatório da solução.
Além da expectativa do acordo com o Governo até Dezembro, há vários os pontos que a ALBOA considera importantes que fiquem logo definidos na reunião de sexta-feira, indo preparada para os defender. Após o encontro a ALBOA dará conta do resultado dos trabalhos.
Sete anos depois e após sete anos de esperas e desesperas, a ALBOA diz na nota enviada às redacções não pode permitir-se a novos protelamentos e adiamentos, sob pena de recurso a instâncias jurídicas internacionais e outras acções, jurídicas mas também públicas, tal como a maioria dos Lesados do Banif já vem reivindicando.